Abrindo Aspas
“O governo meios para
proibir as operadoras de telefonia móvel de cobrar preços diferentes nas
ligações dentro e fora de suas redes. Atualmente, todas as empresas no país
oferecem preços reduzidos nas ligações entre celulares da operadora, uma
estratégia de fidelização. Para proibir a cobrança diferenciada, a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) estuda primeiro acabar com a taxa de
interconexão, cobrada em toda ligação para celular. A taxa é paga pelo cliente
que liga, em favor da operadora que recebe a ligação. A Anatel não estuda
acabar com a taxa nas ligações de fixo para celular. Sem essa cobrança, que
hoje varia de R$ 0,34 a R$ 0,40 por minuto, todas as ligações teriam o mesmo
custo e não haveria justificativa para preços diferenciados. A área técnica da
agência prepara o estudo de impacto econômico sobre o fim da cobrança da taxa
de interconexão. O estudo vai tomar como base a experiência da Europa, onde a
cobrança não foi extinta, mas reduzida a R$ 0,07, aproximadamente. Nos EUA,
essa taxa não chega a R$ 0,10. O Brasil seria o primeiro país a acabar com a
taxa nas ligações de celular para celular...
Caso de sucesso: Criação de mercado –
O desafio das tribos e comunidades às empresas
Mercados
hoje em dia se formam com conversações e debates muito mais amplos e profundos
que há 10 anos. Mercados não são áreas geográficas e setores demográficos,
consistem de seres humanos, com gostos diferentes, opiniões diferentes, que
aceitam e rejeitam propostas. A velocidade com que as informações correm o
mundo, com o avanço da eletrônica e o advento da internet, é extraordinária. A internet
está permitindo conversações abertas entre populações e formação de opiniões
que a mídia de massa não consegue superar. Essa é a razão de não existir mais
uma grande moda e sim várias tendências formando comunidades
ou “tribos“. As conversações na internet, porque não considerar intranet
também, estão permitindo a troca de informações e conhecimentos e a formação de
novas organizações sociais até então não experimentadas. Para as empresas isso é um enorme desafio. Os
mercados estão ficando cada vez mais informados, organizados e inteligentes. Os
consumidores acabam tendo mais informações sobre os produtos que os próprios fornecedores,
com isso o discurso das empresas de agregar valor ao produto começa a se tornar
obsoleto. As pessoas não recebem mais as informações estáticas, sentadas em uma
sala em frente a tela azul da TV, mas via internet, de forma dinâmica, onde
podem emitir opiniões para milhares de outras pessoas, quer sejam positivas ou
negativas.Com isso a lealdade à marca, sonho de toda empresa, está sendo
renegociado com velocidade extraordinariamente rápida. Não se pode esquecer que
os mercados estão cada vez mais inteligentes. Lealdade à marca demanda
qualidade de relacionamento entre consumidor e fornecedor. Os mercados estão
procurando fornecedores que falem sua língua. A fidelidade das “tribos” é com
seus membros, os membros dessa comunidade. Ou a empresa se integra ou deixa de
fazer parte desse ambiente com suas mensagens e seus produtos. Falar a
língua do mercado é falar a linguagem da comunidade, da “tribo”; se estas estiverem
dissociadas, a empresa não terá mercado. Os mercados querem falar com as
empresas; se estas mantiverem um discurso interno e outro com o mercado estarão
fadados ao fracasso. Quando a linguagem é diferente , quando o discurso é
diferente , o mercado percebe e rejeita. O mercado dirá a empresa: “Você quer
nosso dinheiro, então nos dê atenção. Queremos ser ouvidos e quando quiser
falar conosco diga algo interessante, saia do lugar comum”. Muitas empresas
gastam grandes somas com pesquisa de opinião, mas não ouvem a comunidade e
mantêm profissionais de relações públicas que não falam com o público,
esquecendo-se que as conversações intranet inevitavelmente seguirão para o
mercado via internet. Para estabelecer relacionamentos, as empresas terão que
falar com as pessoas da comunidade, da qual querem a atenção, não esquecendo
nunca que esse local é o mercado. Pergunte-se: por que uma comunidade perderia
tempo tentando falar com sua empresa, com tantas ofertas e oportunidades por
ai? No mínimo ouvira: Ah, está ocupado fazendo negócios e não pode falar
conosco? Sei, passaremos mais tarde, ligaremos mais tarde, faremos contato mais
tarde, isso se não encontrarmos algo mais interessante ou quem nos dê
atenção. As comunidades e “tribos” têm o real poder e sabe disso, essa
verdade as empresas precisam aprender a reconhecer, mas numa velocidade maior
do que tem sido imaginada.
AUTOR: Ivan Postigo
Dicas de
Mercado
FOTO (2)
Toda negociação tem
um ou mais objetivos e estes objetivos podem ser categorizados como
ideais, realistas e prioritários. Os objetivos ideais são aqueles que poderiam
ser concretizados caso o lado oposto da negociação estivesse de acordo com o
que é pedido. Ambas as partes da negociação podem oferecer resistência aos
objetivos realistas de uma das partes e através de negociações exaustivas
busca-se atingir um consenso sobre as prioridades de ambos os lados. Segue
algumas dicas para uma boa negociação pratique:
ü Apresente uma proposta
ü Justifique sua proposta
ü Escute o cliente
ü Faça
perguntas abertas
ü Seja persuasivo com histórias e com análises
Fechando aspas
... As medidas propostas passam agora por
avaliação das áreas técnicas da Anatel, que fazem estudos de viabilidade
econômica. Depois, o conselho diretor discute e vota os projetos, que vão a
consulta pública. O conselho avalia que contribuições devem ser consideradas,
faz eventuais mudanças e vota o modelo final do texto. Para o conselheiro da
agência Rodrigo Zerbone, as operadoras no Brasil têm uma participação muito
semelhante de mercado. Portanto, a quantia que uma operadora paga de taxa para
as suas concorrentes é muito parecida com o valor que ela recebe. A atual
divisão do mercado facilitaria a medida, mas é também um reflexo da falta de
competitividade no setor. A agência nacional estuda outras medidas para acirrar
a concorrência do setor, entre elas uma política mais agressiva de acesso a
redes. A Anatel prepara normas mais rígidas. As operadoras hoje têm dificuldade
em acessar a rede das empresas maiores que monopolizam a infraestrutura em
vários locais do país. Mesmo com a determinação legal de que as empresas
devem alugá-las à concorrência, muitas vezes elas alegam não ter capacidade. A
Anatel enxerga irregularidade na maior parte dos casos e deve tornar mais
difícil a recusa de uma empresa em ceder a sua estrutura, criando um operador
nacional.”(Brasília)
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